
Cuidados especiais que devem ser observados
pelos pacientes diabéticos:
1) O
acompanhamento oftalmológico do paciente portador de diabetes é recomendado
devido à fragilidade de sua córnea. As células do epitélio corneano do
diabético não têm a aderência que se encontra na maioria dos não-diabéticos.
Estes pacientes, durante as cirurgias de vitrectomia tendem a perder o epitélio
com maior facilidade e freqüentemente tem a cicatrização e o repovoamento das
células da córnea mais demorados. Essa fragilidade é a porta de entrada para
uma série de infecções oportunistas no segmento anterior, como blefarites e
úlceras;
2) Embora não existam restrições quanto ao uso de lentes de contato, o paciente diabético exige atenção redobrada e cuidados maiores do que os não-portadores. Muitos pacientes diabéticos não usam lentes de contato, não pela fragilidade corneana, mas pelo estado do olho em si, em alguns casos, muito comprometido devido à doença;
3) A catarata também é mais prevalente na população diabética devido ao sorbitol - poliálcool resultante do metabolismo do açúcar - que se acumula no cristalino, altamente hidrofílico. Em situações de hiperglicemia, o cristalino absorve água, o que provoca miopia no paciente. À medida em que a glicemia retorna aos seus níveis normais, o cristalino se desidrata e volta ao seu tamanho original. A repetição dessa situação altera as fibras da estrutura do cristalino, provocando sua opacificação. Isso explica a maior predisposição dos diabéticos a sofrer de catarata mais cedo e com mais freqüência, se comparados à população que não sofre da doença;
4) Esse mecanismo de hidratação/desidratação é provocado principalmente pela falta de controle da glicemia, que também pode afetar exames de refração, acusando miopia inexistente ou maior do que a presente em situações de glicemia normal. É fundamental que o oftalmologista tenha informações precisas sobre a glicemia do paciente ao recomendar o uso de lentes corretivas para não prescrever óculos desnecessariamente;
5) O diabetes também é um fator de risco para o surgimento do glaucoma, embora os mecanismos fisiopatogênicos não estejam tão claramente desenhados como no caso da catarata. A alteração química causada no organismo pela doença provoca a degeneração de vários tecidos, o que acaba afetando o trabeculado e, conseqüentemente, o escoamento do humor aquoso. Isso aumenta a pressão intra-ocular e provoca o glaucoma secundário a essa degeneração;
6) O diabetes também afeta a circulação sangüínea na cabeça do nervo óptico, o que acaba contribuindo para a sua degeneração. Com as alterações químicas provocadas pelo diabetes, as paredes dos vasos sangüíneos tornam-se gradativamente mais fracas, propiciando vazamentos e hemorragias. O aparecimento da retinopatia diabética está relacionado às alterações na microcirculação retiniana. O processo envolve o aparecimento de microaneurismas, dilatações capilares, isquemia, vazamento de plasma, oclusão capilar e, se não houver tratamento e controle, a neovascularização, que caracteriza o estágio mais avançado da doença, denominada retinopatia diabética proliferativa.
2) Embora não existam restrições quanto ao uso de lentes de contato, o paciente diabético exige atenção redobrada e cuidados maiores do que os não-portadores. Muitos pacientes diabéticos não usam lentes de contato, não pela fragilidade corneana, mas pelo estado do olho em si, em alguns casos, muito comprometido devido à doença;
3) A catarata também é mais prevalente na população diabética devido ao sorbitol - poliálcool resultante do metabolismo do açúcar - que se acumula no cristalino, altamente hidrofílico. Em situações de hiperglicemia, o cristalino absorve água, o que provoca miopia no paciente. À medida em que a glicemia retorna aos seus níveis normais, o cristalino se desidrata e volta ao seu tamanho original. A repetição dessa situação altera as fibras da estrutura do cristalino, provocando sua opacificação. Isso explica a maior predisposição dos diabéticos a sofrer de catarata mais cedo e com mais freqüência, se comparados à população que não sofre da doença;
4) Esse mecanismo de hidratação/desidratação é provocado principalmente pela falta de controle da glicemia, que também pode afetar exames de refração, acusando miopia inexistente ou maior do que a presente em situações de glicemia normal. É fundamental que o oftalmologista tenha informações precisas sobre a glicemia do paciente ao recomendar o uso de lentes corretivas para não prescrever óculos desnecessariamente;
5) O diabetes também é um fator de risco para o surgimento do glaucoma, embora os mecanismos fisiopatogênicos não estejam tão claramente desenhados como no caso da catarata. A alteração química causada no organismo pela doença provoca a degeneração de vários tecidos, o que acaba afetando o trabeculado e, conseqüentemente, o escoamento do humor aquoso. Isso aumenta a pressão intra-ocular e provoca o glaucoma secundário a essa degeneração;
6) O diabetes também afeta a circulação sangüínea na cabeça do nervo óptico, o que acaba contribuindo para a sua degeneração. Com as alterações químicas provocadas pelo diabetes, as paredes dos vasos sangüíneos tornam-se gradativamente mais fracas, propiciando vazamentos e hemorragias. O aparecimento da retinopatia diabética está relacionado às alterações na microcirculação retiniana. O processo envolve o aparecimento de microaneurismas, dilatações capilares, isquemia, vazamento de plasma, oclusão capilar e, se não houver tratamento e controle, a neovascularização, que caracteriza o estágio mais avançado da doença, denominada retinopatia diabética proliferativa.
Informação e prevenção
O mais eficiente tratamento da retinopatia diabética e das outras comorbidades causadas pelo diabetes à visão é evitar que elas ocorram, por meio do controle estrito da glicemia, da pressão arterial e das nefropatias; do combate à obesidade e ao sedentarismo; e do corte do cigarro. O relatório americano indica que as medidas preventivas mais eficientes para diminuir a incidência de novos casos de diabetes e o impacto negativo da doença na saúde da população reside em medidas de reforço de mudanças de estilo de vida, que segundo o próprio documento, têm um custo efetividade superior ao uso de medicamentos.
O mais eficiente tratamento da retinopatia diabética e das outras comorbidades causadas pelo diabetes à visão é evitar que elas ocorram, por meio do controle estrito da glicemia, da pressão arterial e das nefropatias; do combate à obesidade e ao sedentarismo; e do corte do cigarro. O relatório americano indica que as medidas preventivas mais eficientes para diminuir a incidência de novos casos de diabetes e o impacto negativo da doença na saúde da população reside em medidas de reforço de mudanças de estilo de vida, que segundo o próprio documento, têm um custo efetividade superior ao uso de medicamentos.
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